quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Um ano depois!!!

Nesse exato momento escutando Alanis Morissete – Jagged a Little Pill Acoustic. É algo que realmente abre a mente e me relaxa! Me lembra do passado. Quinta-feira meio fria e úmida nos arredores riojanos. Parece que o inverno quer custar a sair dos desertos argentinos. O tradicional e tão conhecido calor de La Rioja deu ares de sua graça em meados de setembro, mas foi prontamente banida daqui por algo frio e úmido. Meio estranho para a época,porém em tempos de aqueecimento global, até neve podemos esperar por aqui, quem dirá umidade. Minha pele agradece.

Tenho experimentado diversas sensações em terras do Rio Prata, e as bruscas mudanças climáticas é apenas uma delas. Nesse breve período de quase 13 meses nas terras de Nossa Senhora Evita Perón, MUDANÇA é a palavra de ordem. Seja ela de casa, de humor, de clima, de horários de aula, de ambiente. Aqui a vida realmente muda. Se é ´ra melhor ou pra pior, depende apenas do ponto de vista.

O calor, apesar de ser devastadoramente desconfortável – vale ressaltar que eu detesto calor em qualquer sentido – pode ser abrandado com uma deliciosa ducha fria. Em sentido contrario vem o frio, já que ele é amansado com uma boa cama repleta de endredons, lençóis, meias nos pés e gorro de lã, tudo isso dentro de um quarto cuidadosamente aquecido por um aquecedor elétrico. Aconchego melhor que esse só em casa de pai e mãe!

As repentinas mudanças climáticas parecem refletir também no comportamento humano, principalmente nos brasileiros. Nunca vi uma comunidade tão inconstante. Já vi chegarem e saírem algumas pessoas, todas elas repletas de planos e sonhos. Mas com pouca base psicológica e financeira. Poucos são os aventureiros do deserto argentino, aqueles que realmente estão dispostos e disponíveis para a batalha diária. Os que não estão na batalha, ou estão de volta ao seio de suas famílias ou estão na farra local. Cada um se adapta como quer. Eu tive que me adaptar e sigo me adaptando, principalmente as pessoas.

Nesse período tive que conviver com alguns “tipos” humanos impares, e experimentei a mudança propriamente dita por três vezes. Convivi com cada louco de cada vez, assim como pude ver diversas loucuras em um só indivíduo, sendo este digno de estudo e investigação, e merecendo ser retratado e eternizado em linhas e imagens.

Experimentei também partidas e chegadas, poucas em comparação ao planejado. Tive férias a muito não gozadas, reencontros, saudades, novas amizades, novas inimizades (ou desafetos, para abrandar o termo). Experimentei novos sabores, vivi e vivo uma nova cultura.

Este tempo por aqui tem me dado novas experiências, um verdadeiro laboratório. Mas todos os resultados, até agora e assim desejo, são positivos. A saudade meio que machuca, mas não chega a ser insuportável. Como sempre digo, os fins justificam os meios. Quando em minha vida iria imaginar que estaria tão longe, fazendo algo que eu realmente sonhei, conhecendo pessoas que valem a pena e vivendo experiências que levarei comigo para toda vida.
Entre loucos, empanadas, calor e frio, vamos todos seguindo com a vida. E esperando que esse ano seja multiplicado por seis, e que todos os objetivos sejam alcançados.

2 comentários:

Moni Saraiva disse...

Bom saber de ti...

A saudade, o clima, as faltas...será tudo multiplicado em retorno dos bons... Tenho certeza!

E esperamos de braços escancarados.

Eu, especificamente, com colo de ti-melhor-de-todas!
=P

Amo-te!

Unknown disse...

eu queria tu aqui pra pintar teu cabelo grisalho, apesar de eu achar um charme só!

Depois que tu se formar, tu ja tem área definida? Faz geriatria. A gente vai precisar. rs Te adoro, menino.